“Nossa, mas você gosta de apanhar? Que horror!”

FETICHES - BDSM

9/18/20243 min read

Vamos começar com: Eu estou pedindo pra me bater? Eu estou batendo em você?

ENTÃO O QUE VOCÊ TEM A VER COM O MEU FETICHE?????

As pessoas se preocupam demais com o que não são delas, ok, até aqui nenhuma novidade, mas quando se fala em se.xua.lidade e relacionamento todo mundo tem a receita, todo mundo tem a cartilha, mas engraçado que os que pregam regras por aí estão cheios de problemas e muitas vezes bem infelizes exatamente na parte que eles ficam bradando na internet.

A Hipocrisia nas Questões de Sexualidade e Relacionamento

Hipocrisia não é algo difícil de ver, já falamos aqui recentemente sobre quando projetamos medos e preconceitos no outro isso diz mais sobre a gente do que sobre a outra pessoa.

O BDSM, que significa Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo, é um termo que se refere a uma variedade de práticas sexuais e eróticas consensuais que envolvem a troca de poder e controle entre os participantes. Suas origens são complexas e multifacetadas, mas podem ser traçadas em parte a diferentes influências históricas e culturais.

Algumas das raízes do BDSM podem ser encontradas em práticas antigas, como rituais de dominação e submissão em algumas culturas. Além disso, a literatura erótica e obras artísticas ao longo da história também exploraram temas BDSM. No entanto, como um fenômeno cultural e sexual mais amplamente reconhecido, o BDSM começou a emergir no século XX.

A Ascensão do BDSM no Século XX

Durante o século XX, o BDSM começou a ganhar visibilidade, especialmente na década de 1950, quando escritores e artistas, como John Willie e Irving Klaw, começaram a criar material erótico que explorava essas dinâmicas. Nos anos 1960 e 1970, o movimento de liberdade sexual também contribuiu para a aceitação mais ampla das práticas BDSM.

Por que citei aqui um pouquinho, mas bem pouquinho sobre a história do BDSM de forma superficial?

É só para ter um pouco de noção do quanto não sabemos nada a respeito principalmente daquilo que criticamos aos gritos do quanto isso é horrível, terrível e vai acabar com a família brasileira.

Então, antes de criticar algo relacionado ao fetiche, fantasia, relacionamento do outro, primeiro pense o porquê está sendo tomado por essa vontade incontrolável de dizer ao outro o que você acha certo. Talvez não encontre uma resposta, mas espero que inicie pelo menos uma reflexão.

Um chamado à empatia e ao respeito nas relações

Aqui está a questão crucial: por que tantas pessoas sentem essa necessidade irresistível de criticar o que não entendem? Por que julgamos o que é diferente sem tentar compreender? A resposta pode residir na falta de conhecimento e educação sobre os diversos aspectos da sexualidade humana.

Antes de emitir julgamentos precipitados ou condenar os desejos, fetiches e fantasias dos outros, é essencial dar um passo atrás e fazer uma reflexão profunda. Pergunte a si mesmo por que você se sente compelido a dizer a alguém como ele ou ela deve viver sua vida sexual. Quais são as raízes desses sentimentos?

É importante lembrar que a diversidade e a individualidade são elementos essenciais da nossa humanidade. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra, e isso é perfeitamente normal. Cada um de nós é único em nossos desejos e necessidades sexuais.

Iniciar uma conversa construtiva, buscar conhecimento e empatia são formas muito mais produtivas de abordar questões relacionadas ao sexo e ao relacionamento. Quando compreendemos e respeitamos a liberdade das pessoas em explorar suas próprias sexualidades, podemos construir relacionamentos mais saudáveis e sociedades mais inclusivas.

Então, da próxima vez que sentir a tentação de criticar algo que não compreende completamente, pare e reflita. Pode ser a oportunidade de expandir seus horizontes e aprender algo novo sobre si mesmo e sobre os outros. Afinal, a verdadeira aceitação começa com a compreensão, a empatia e a abertura para o desconhecido.

Tem curiosidade sobre BDSM? Temos duas indicações para vocês, uma é o bar mais fetichista de São Paulo Dominatrix localizado Rua Fernando de Albuquerque, 298 – Consolação e a outra é a festa Let’s Play que acontece na balada liberal Spicy Club. Ambas as indicações são incríveis para conhecer mais sobre esse universo fabuloso do BDSM.